
A arte, como todas as outras manifestações humanas de longas datas, é um território masculino e misogino.
Quando comecei a estudar arte contemporanea, conheci um movimento de guerrilha feminista que reinvindicava a entrada das mulheres em exposições, museus e salões de artes: O Gerrilla Girls. Nós, eu e o movimento, nascemos no mesmo ano em 1985.
Com máscaras de macacos e nomes de mulheres artistas que já morreram, as performers e artistas desse movimento mostram com imagens humorísticas e chocantes o machismo, o racismo e a corrupção. Elas mostram de forma escancarada tudo que não vemos por estar nas entrelinhas, distorcendo os fatos para que o espectador possa ver de uma nova forma e, quem sabe, mudar de opinião.
A primeira imagem que vi dessas mulheres foi um outdoor que perguntava: "Nós precisamos ficar peladas para aparecer no Met. Museum?", denunciando uma porcentagem assustadora - onde 3% dos artistas no Museu Metropolitan de NY são mulheres e 83% dos nús são femininos!
O trabalho dessas mulheres ainda não terminou, na sua visita em dezembro de 2010 ao Brasil, Frida Kahlo e Käthe Kollwitz contam que o feminismo tem mudado a vida das mulheres em todo mundo, mas ainda é a passos vagarosos na maioria dos lugares.
Confesso que o trabalho dessas mulheres me transformou, finalmente entendi o que era ativismo no meio artístico, e quis fazer parte desse ativismo, lutar pelo que acredito!
Se estiverem interessados em mais informações, entrem no site: www.guerillagirls.com
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